sexta-feira, 30 de abril de 2010

A realização do policiamento ostensivo por parte da Polícia Militar da Bahia exige vários tipos de especializações, necessárias ao cumprimento da missão global que a Constituição Federal dotou às polícias militares brasileiras. Por isso, além do policiamento exercido pelas unidades ordinárias, faz-se necessário a existência de tropas e Organizações Policiais Militares que sejam capacitadas em situações incomuns, que fujam da normalidade. Dentre essas OPM’s, certamente, uma das referências é o Batalhão de Polícia de Choque, tropa de reação do Comando Geral, especialmente instruída e treinada para as missões de exigência técnica especial ou de alto risco, além do apoio a outras Unidades Operacionais.

O “Choque”, como é popularmente conhecido, tem sua origem na década de 70, quando um dos pelotões do antigo 5º Batalhão, com sede no Centro Administrativo da Bahia (CAB), se dedicava às atividades de Choque. O pelotão, em 1975, se transformou em Companhia, tendo adquirido sede própria, na Fazenda Caji, no Município de Lauro de Freitas, em 1979 – sede que ainda hoje se mantém. Assim, as atividades de Choque tiveram projeção no âmbito da Corporação, em razão da sua diversidade de emprego em missões que o policiamento ordinário não tinha mais condições de executar, como se registra o Decreto nº 29.458 de 24 de janeiro de 1983, que criou, enfim, o Batalhão de Polícia de Choque, que atualmente possui seis companhias de policiamento especializado.


As subunidades do BPChq





Companhia de Controle de Tumulto e Distúrbios Civis (CTDC)


Embrião do BPChq, a Companhia de Controle de Tumultos é responsável pelas atividades de Intervenção em conflitos agrários e urbanos; Intervenção em estabelecimentos prisionais; Reintegração de posse; Controle de motim e rebeliões em estabelecimentos prisionais; Apoio em situações extraordinárias às Unidades Operacionais da PMBA.






Companhia de Policiamento e Eventos Especiais (CPEE)


A Companhia de Eventos Especiais é a responsável principal pela preservação da Ordem Pública em eventos de grande porte - policiamento em praças desportivas, parques de exposição, shows e qualquer outra situação desta natureza. A CPEE realiza, também, o Policiamento de Guarda do BPChq, da Corregedoria Geral e do Quartel do Comando Geral.







Ronda Tático Motorizada (ROTAMO)



A ROTAMO dá suporte operacional de Rádio Patrulhamento a todas as Unidades de Área, fazendo abordagens em transportes, realizando o Rádio Patrulhamento Tático em áreas bancárias, escolta de presos, numerários e dignitários, abordagem em estabelecimentos prisionais, policiamento extraordinário em locais de elevado índice de violência, além de ser utilizada como "Choque Rápido" no controle de distúrbios civis. Além disso, possui um pelotão de motociclistas, o GARRA.







Companhia de Operações com Cães (COC)

Atua no apoio Operacional das outras Subunidades de Choque, em todas as ações finalísticas do Batalhão, com ênfase para o policiamento de praças desportivas, busca e rastreamento de substâncias tóxicas e explosivas, busca e captura de pessoal, policiamento extraordinário em apoio às Unidades de Área, utilizando-se da inestimável contribuição dos cães adestrados.







Companhia de Apoio e Recompletamento


Supre as demais Subunidades, recompletando a operacionalidade nos grandes eventos, ou em qualquer evento de cunho extraordinário ou especial, além de fazer fluir as atividades administrativas do dia-a-dia.







Companhia de Operações Especiais (COE)


Constitui o último recurso do Estado para preservar vida e aplicar a lei. Opera em ocorrências de alto risco de perda de vidas humanas, especialmente aquelas envolvendo reféns; artefatos explosivos e criminosos de alta periculosidade e outras ocorrências complexas que exijam preparo especial de pessoal, arma e equipamentos. Equipe Tática composta de time tático; equipe de atiradores snipper e equipe de ações contra bombas.

A “Tropa de Elite” da PMBA


A Companhia de Operações Especiais é considerada a “Tropa de Elite” da PMBA, já que exerce funções de alto risco e responsabilidade, tal qual outras tropas de outras PM’s, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), da PMERJ, e o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), da PMESP.

O ingresso na COE se dá através da aprovação no Curso de Ações Táticas Especiais (CATE), de 45 dias, ou no Curso de Operações Policiais Especiais (COPES), de 100 dias, onde o candidato deve ter, no mínimo, 3 anos na Corporação, e conduta ilibada. O COPES é considerado o curso operacional da PMBA de maior exigência física e técnica por parte dos seus alunos, já que pré-requisita seus concluintes a atuar em operações de alto risco.

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O Batalhão de Choque, atualmente comandado pelo Tenente-coronel Jorge Damasceno da Silva Couto, é considerado pólo exportador de doutrina para o desempenho da atividade policial militar na PM da Bahia. Com seu conhecido uniforme rajado urbano, o BPChq exerce as funções acima tratadas sem se afastar do seu lema: “Vencer sem a necessidade de lutar, mas se ocorrer a ação, que seja meu guia a LEGALIDADE, meu instrumento a TÉCNICA e meu objetivo a PROTEÇÃO”.

Caso você queira convidar o Batalhão de Choque para realizar apresentações de suas atividades em sua comunidade, escola (pública ou particular) ou empresa, acesse o site do BPChq e preencha o formulário. Vale a pena ter uma pequena demonstração do trabalho desses homens e mulheres que atuam sendo referências técnicas para a Corporação.

Blog PMBA.

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