sábado, 2 de abril de 2011

PMERJ e PMESP padronizam: pistola .40 para todo o efetivo


Duas das principais corporações policiais militares brasileiras tomaram iniciativas importantes no que se refere ao fornecimento de material bélico na atuação de suas tropas: a PM do Rio de Janeiro irá realizar a aquisição de pistolas calibre .40 (lê-se ponto quarenta) para todo seu efetivo, que poderá utilizar o armamento fora de serviço, de acordo com notícia publicada no jornal O Globo:

Cada PM terá sua arma e a levará para casa, para maior controle e combate ao desvio

RIO – Todos os cerca de 40 mil policiais militares do estado receberão pistolas calibre .40 do comando da corporação. As armas ficarão acauteladas pelos PMs e cada uma delas será de uso individual e intransferível – como já ocorre na Polícia Civil. A medida, segundo o relações-públicas da PM, coronel Henrique Lima de Castro Saraiva, tem como objetivos possibilitar aos comandantes das unidades um controle maior sobre o armamento usado por seus subordinados e dificultar o desvio de armas. Cada PM será responsável pela sua pistola e terá que responder à corregedoria da corporação no caso de perda por qualquer razão.

A PM já adquiriu um lote de nove mil pistolas que serão distribuídas a unidades em breve. Outros lotes serão comprados ainda este ano. Outra medida adotada pelo comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte, foi determinar uma inspeção nos paiois de todas as cerca de 60 unidades da Polícia Militar – incluindo os 40 batalhões, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), as academias de formação profissional e até os hospitais – para saber a situação deles. Além de contabilizar a quantidade de munição, coletes, armas, armamentos químicos e não letais, as inspeções vão apontar possíveis desvios. Também serão vistoriadas as armas em poder de PMs cedidos ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público.

Já a Polícia Militar de São Paulo, anunciou a “aposentadoria” dos revólveres calibre .38, os “três oitões”, padronizando o uso das .40 por seu efetivo, conforme matéria da Folha:

Polícia paulista aposenta o “três-oitão”

Após quase 90 anos de serviços prestados à Polícia Militar de São Paulo, o “canela seca” aposentou-se das ruas. Também chamado pelos praças e oficiais como “três-oitão”, o revólver calibre 38 deixou de ser usado oficialmente em janeiro passado.

O revólver deu lugar à pistola .40, uma arma de uso restrito –não é vendida para civis–, mais moderna e eficiente, afirma o comando da polícia.

Segundo o comandante-geral da PM, Álvaro Camilo, o novo armamento tem um maior poder de impacto contra o criminoso e, ao mesmo tempo, com menor risco de o projétil transfixar o alvo e acertar terceiros.

A iniciativa das PMs do Rio e São Paulo direciona as corporações ao ideal de “condições de trabalho” que sempre é reivindicado, já que trata-se dum calibre mundialmente aceito como adequado para a atuação policial, por suas caracteristícas técnicas. Porém, algo não pode ser esquecido: instrução e treinamento são fundamentais quando estamos tratando dum tipo de equipamento que pode tirar vidas. Preparo psicológico, técnico e físico são indispensáveis, independentemente do tipo de arma que cada corporação utilize.

*Com a ajuda de Roberto Câmara Jr.

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