terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Em assembleia, associação da Polícia Militar da Bahia decreta greve por tempo indeterminado

Em uma assembleia realizada na tarde desta terça-feira (31), os policiais militares e os bombeiros decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. De acordo com informações do diretor jurídico da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), Fábio Brito, a greve atinge todo o estado. Cerca de 10 mil PMs participaram da decisão tomada em assembleia no Ginásio dos Aflitos, no Sindicato dos Bancários.

Neste momento, a categoria segue em caminhada para o Centro Administrativo da Bahia (CAB) para entregar a pauta de reivindicações na Governadoria - o governador Jaques Wagner está em Cuba em viagem com a presidente Dilma Rousseff. Segundo a Transalvador, policiais em passeata a caminho do CAB estão fechando vias na região do Iguatemi com motos e carros.

Apesar da decisão tomada pela Aspra, a assessoria do comando da PM não reconhece a greve e diz que o órgão funciona normalmente, mesmo com o indicativo de paralisação. O diretor de comunicação da PM Gilson Santiago disse que todas as unidades estão funcionando normalmente e que os PMs que trabalham à noite já estão assumindo seus postos.

Os policiais reivindicam o cumprimento da lei 7.145 de 1997, com pagamento imediato da GAP V, incorporação da GAP V ao soldo, regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade, cumprimento da lei da anistia e a criação do código de ética, além da criação de uma comissão para discutir um plano de carreira para a categoria.

Os policiais e bombeiros reclamam que mesmo algumas questões já regulamentas pela lei não são cumpridas pelo estado. Durante a assembleia, um dos cartazes levados pelos PM dizia que o governo Wagner foi uma "traição" com a categoria. "Esse foi o governo em que mais morreram PMs", diz. Segundo a Aspra, a Rondesp já não está trabalhando e algumas companhias, como a 14ª CIPM (Lobato), também cruzam os braços.
Ontem, o comando da PM assegurou em nota que as negociações continuavam e os serviços da Polícia Militar seguiam de forma normal. Assinada pelo comandante-geral da PM, Alfredo Braga de Castro, a nota diz que a instituição tem confiança no governo, que conta com "responsabilidade e compromisso da tropa de garantir a paz dos seus familiares, amigos e a sociedade como um todo". 

Fonte: Atarde online.

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