quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Salário dos PMs no Brasil - Atualizado

As greves dos policiais militares da Bahia e do Rio de Janeiro expõem a diferença salarial entre os Estados brasileiros. O levantamento do Terra aponta que o maior salário-base de um PM é do Distrito Federal, que chega a R$ 4,7 mil. O valor é quase seis vezes maior que o soldo de um soldado de Roraima, o menor do País. Clique em cima de cada um dos Estados para saber o valor do salário inicial de um soldado da Policia Militar, o efetivo corporações e as principais reinvindicações da categoria em cada unidade da federação. Clique aqui

Fonte: terra/noticias

domingo, 19 de fevereiro de 2012

PROJETO DE LEI Nº 19.702/2012 GAP IV e V.

Altera a estrutura remuneratória dos postos e graduações da Polícia Militar do Estado da Bahia, concede reajuste nos termos do inciso X do art. 37 da Constituição Federal e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Aos soldos dos postos e graduações da Polícia Militar fica acrescido, a partir de 1º de janeiro de 2012, o valor de R$41,00 (quarenta e um reais), subtraído dos valores da Gratificação de Atividade Policial Militar - GAP, nas referências I, II e III, vigentes em dezembro de 2011.

Art. 2º - Os valores dos soldos resultantes do disposto no art. 1º desta Lei ficam reajustados em 6,5% (seis vírgula cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2012, nos termos do inciso X do art. 37 da Constituição Federal, conforme tabela constante do Anexo I.

Parágrafo único - Aplica-se aos valores da Gratificação de Atividade Policial Militar - GAP o percentual de reajuste previsto no caput deste artigo, conforme tabela constante do Anexo II desta Lei.

Art. 3º - Em novembro de 2012, será concedida antecipação relativa ao processo revisional para acesso à referência IV da GAP, aplicando-se aos valores constantes da tabela do Anexo II o redutor de R$100,00 (cem reais).

Art. 4º - Os valores da referência IV da GAP, constantes da tabela do Anexo II desta Lei, serão devidos em 1º de abril de 2013, com a conclusão do respectivo processo revisional.

Art. 5º - Em novembro de 2014, será concedida antecipação relativa ao processo revisional para a referência V da GAP, segundo valores escalonados de acordo com o posto ou graduação ocupados, conforme tabela constante do Anexo III desta Lei.

Art. 6º - Os valores da referência V da GAP, constantes da tabela do Anexo II, serão devidos em 1º de abril de 2015, com a conclusão do respectivo processo revisional.

Art. 7º - O pagamento das antecipações de que tratam os artigos 3º e 5º desta Lei não é cumulável com a percepção da GAP em quaisquer das suas referências.
Art. 8º - Para os processos revisionais excepcionalmente previstos nesta Lei, deverá o Policial Militar, além de estar em efetivo exercício de função de natureza policial militar, atender os seguintes requisitos:

I- permanência mínima de 12 (doze) meses na referência atual;

II- cumprimento de carga horária de 40 (quarenta) horas semanais;

III- desempenho funcional satisfatório, compatível com as habilidades desenvolvidas, atestado pelo superior hierárquico, considerando-se, ainda, o respeito à hierarquia, à disciplina, à assiduidade e à pontualidade.

Art. 9º - O Poder Executivo fica autorizado a editar os atos necessários ao cumprimento desta Lei.

Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Clique no link abaixo e veja a tabela.
Fonte: http://www.al.ba.gov.br/v2/pauta2.cfm

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Nota de Falecimento

É Com pesar que informamos o falecimento dos amigos e companheiros SD Gustavo Quireza e do ST Pimenta.

Descansem em paz nobres guerreiros.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Policiais do interior chegam a capital para apoiar movimento

No início da tarde desta terça-feira (7), Policiais Militares de outras cidades da Bahia e até de outros estados de chegaram ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) para dar apoio aos colegas ocupantes da Assembleia Legislativa.

Os manifestantes exigem a inclusão de um novo ponto na pauta de revindicação. Eles pedem que Prisco - líder do movimento grevista - seja reintegrado à Polícia Militar. A proposta será discutida durante assembleia da categoria na tarde desta terça-feira. "A Polícia não vai ceder enquanto o Governador não acatar as nossas propostas", afirmou Soldado Leite, da Polícia Militar do Maranhão. No local, os PMs grevistas levantam coro: "Prisco!"
 
PEC 300

Greve PMBA - Banco do Brasil não funciona em 13 cidades Baianas

Após o 16ª Batalhão da Polícia Militar aderir à greve de parte da corporação, as agências bancárias de Serrinha, a 173 quilômetros de Salvador, foram fechadas devido ao clima de insegurança, nesta terça-feira (7). O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Bradesco da cidade não abriram. Situação semelhante acontece nos BBs de Senhor do Bonfim, Campo Formoso, Riachão do Jacuípe, Jaguarari, Itiúba, Cansanção, Santaluz, Conceição do Coité, Ponto Novo, Filadélfia e Andorinha, onde não está a haver o serviço após uma reunião nesta segunda (6) definir que não há segurança nas cidades citadas.

Por: Clériston Silva.

Presidente do Cedeca diz que não encontrou crianças na AL-BA

O presidente do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (Cedeca), Valdemar Oliveira, a defensora pública da União, Isabela Luz, e a defensora pública do Estado, Hélia Barbosa, informaram, depois de visitarem a Assembleia Legislativa da Bahia nesta terça-feira (7), que não encontraram nenhuma criança no local. Eles não souberam precisar a quantidade de menores que deixaram o prédio. Até a manhã, sete crianças, familiares dos manifestantes que ocupam a AL-BA, haviam abandonado o edifício. Nesta segunda, o presidente do Cedeca já havia feito um apelo para que os grevistas retirassem as crianças e adolescentes do local. Estranhamente, algumas informações são contraditórias, já que, pela manhã, o Exército liberou a entrada de água e alimentos na AL-BA, pois existiriam pequenos com fome nas dependências da Casa. Desde esse momento, a reportagem do Bahia Notícias não viu nenhum menor deixar o prédio.

 por David Mendes / Rodrigo Aguiar

Em Itabuna, grupo dá apoio aos PMs grevistas da capital

General do Exército recebe bolo de aniversário da Tropa Guerreira PMBA


Tropa Federal começa demonstrar cansaço

PM e Bombeiros fazem carreata em Brasília apoiando greve na Bahia

Cerca de 40 carros com policiais militares e bombeiros fazem carreata no centro de Brasília em apoio à greve na Bahia e com a promessa de também parar de trabalhar durante o carnaval.

Associações de policiais de Brasília pedem um aumento de 52% em cima do soldo, como forma de recuperar as perdas salariais desde 2008, quando houve reajuste. O piso salarial de um policial é de cerca de R$ 4 mil, mas apenas R$ 622 (salário mínimo) correspondem ao soldo _ o reste são gratificações. O soldo varia conforme a patente.

Diversos cartazes estão nos carros, com pedidos de aumento e em defesa dos policiais da Bahia."Se não tiver aumento salarial não terá segurança no carnaval. Essa carreata é um apoio aos colegas da Bahia, porque o descaso é em todo o país. Se está ruim em Brasília, imagina em outros Estados?", disse o sargento Edvaldo Farias, da Associação dos Oficiais Administrativos da PM.

Os policiais realizarão assembleia no dia 15 de fevereiro, com indicativo de greve, como forma de pressionar por aumentos. "Queremos abrir as negociações para evitar o caos no carnaval", afirmou o sargento Jonesy Lopes.

A carreata acontece no centro de Brasília, no Eixo Monumental, que dá acesso à sede do governo do Distrito Federal e ao Congresso Nacional. Em alguns trechos, os carros ocupam quatro das seis faixas de trânsito, o que agrava o já complicado trânsito no horário de pico.

Metrópole Noticias.

Batalhão de Choque cerca Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Está sendo votado o aumento para as polícias Civil e Militar


Por medida de segurança, soldados do Batalhão de Choque da Polícia Militar estão cercando com grades a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde está sendo votado o aumento para as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e agentes penitenciários. Não há registro de tumulto na área. Caso haja emendas ou não se chegue a um acordo em torno de valores, a votação será adiada.

O projeto enviado pelo governo do estado do Rio prevê pagamento em três parcelas, totalizando reajuste de quase 39% a ser pago até 2013.

À Agência Brasil, o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros Militar do estado, Nilo Guerreiro, disse que a política de gratificação do governo “não contempla o anseio das associações". Disse que o governado Sérgio Cabral “concede gratificação de até R$ 11 mil, mas não contempla as pensionistas, os reformados, os bombeiros e policiais militares que passaram para a reserva”.

Guerreiro deixou claro que a categoria não vai aceitar o aumento proposto pelo governo do Rio. O setor reivindica soldo de R$ 3,5 mil para praças, que incluem soldados, cabos e subtenentes, e de R$ 7 mil para os oficiais. “Essa é a nossa proposta. Nós não abrimos mão”.

Ontem (6), o presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (Aspra), Vanderlei Ribeiro, informou que, na sexta-feira (10), policiais e bombeiros vão se reunir em assembleia para decidir se as categoria voltam a entrar em greve.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Polícia registra 81 homicídios em Salvador e RMS durante greve de PMs

No 6º dia de greve da Polícia Militar na Bahia, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou o 81º assassinato em Salvador e Região Metropolitana. Os números são referentes aos homicídios ocorridos desde a terça-feira (31) até as 5h50 deste domingo (5).

O último homicídio na capital baiana foi registrado às 5h50 de hoje no bairro de Pau da Lima. Ainda neste domingo (5), dois jovens e um adolescente foram assassinados no final de linha de Valéria. As vítimas estavam na Rua da Matriz, por volta da 01h20, quando um carro com cerca de quatro homens encapuzados passaram pelo local atirando.

De acordo com a polícia, a rua onde o crime aconteceu é bastante movimentada durante a noite pela existência de bares e restaurantes no local. O carro com os autores dos disparos fugiu logo em seguida. Danilo dos Santos Moreira, Railton Gomes dos Santos e o adolescente Bruno Menezes de Souza não resistiram aos ferimentos e morreram no local.

Policial civil morto não entrou no registro
A morte de um policial civil, porém, não foi registrada pela polícia no boletim deste sábado (4). João Carvalho Filho, 48 anos, foi morto com cerca de 15 tiros na região do tórax próximo ao Hiper Posto, no bairro do Itaigara. A SSP não informou porque a morte do policial não foi registrada pelo boletim de homicídios.

Adolescente morta em troca de tiros
Uma adolescente de 14 anos que foi baleada no Vale das Pedrinhas na noite desta quinta-feira (2) morreu nesta sexta-feira (3), ao dar entrada no Hospital Geral do Estado (HGE). Outras quatro pessoas foram atingidas na mesma situação.

Lavínia Toledo de Jesus foi atingida na cabeça  quando um grupo de homens passou atirando pela rua contra o grupo. A garota estava em frente a uma casa conversando com as outras pessoas. De acordo com a polícia, alguns familiares dela já foram ouvidos. "A família dela estava arrasada. Ela tinha acabado de chegar da festa no Rio Vermelho", diz.

Músico foi morto na porta de casa
O percussionista da banda Olodum, Denilton Souza Cerqueira, de 34 anos, foi morto a tiros na porta de casa durante a madrugada desta sexta-feira (3). Dois homens armados a bordo de uma motocicleta abordaram a vítima na porta da casa dele, localizada no bairro da Mata Escura.

A dupla tentou assaltar o percussionista, que foi baleado pelos motociclistas na cabeça e nas costas. De acordo com uma amiga da vítima, Denilton chegou a ser socorrido para o Hospital Roberto Santos por familiares, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 2h.

Segurança reforçada
Desembarcam neste domingo (05), na Base Aérea de Salvador, mais 300 militares para ajudar o governo da Bahia na manutenção da ordem e segurança à população em todo o Estado, em razão da greve de parcela de policiais militares.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que às 15h desembarcam na capital baiana, provenientes do Rio de Janeiro, 135 militares do Batalhão de Infantaria Paraquedista e 15 militares de Brasília. Ainda na tarde deste domingo, está previsto o transporte de mais 150 homens do Exército Brasileiro de Recife para Salvador, com chegada prevista às 21 horas.


Domingo (5)
Homicídios 7 (Até as 5h50)

Sábado (04)
Homicídios 17
Tentativas de homícidos 12

Sexta-feira (03)
Homicídios 32
Tentativas de homícidos 16

Quinta-feira (02)
Homicídios 14
Tentativas de homícidos 9

Quarta-feira (01)
Homicídios 7
Tentativas de homícidos 4

Terça-feria (31)
Homicídios 3
Tentativas de homícidos 2

Fonte: Correio da Bahia

O mundo sem polícia

O canal de TV a cabo “History Channel” exibiu um excelente documentário, com o título “O mundo sem ninguém.” Quais as consequências e os desdobramentos da civilização, se acaso a humanidade desaparecesse? O que iria acontecer em uma hora, em uma semana, em meses, centenas e milhares de anos, caso o homem não mais existisse? O excelente documentário nos leva a reflexão, e por fim, demonstra nossa insignificância perante as forças da natureza. Ao refletir sobre vários episódios, nos quais a polícia é criticada e humilhada, especificamente sobre o mais recente, onde a quase aposentada cantora Rita Lee chama, durante um show em Aracaju, os policiais de “cachorros”, não esquecendo de generalizar a origem materna dos que ali se encontravam para cumprimento da lei, como sendo todos oriundos do baixo meretrício, imaginei como seria, assim como no documentário, um mundo sem polícia. O que aconteceria se, de uma hora para outra, todos os policiais desaparecessem?

Vamos nos ater ao Rio de Janeiro, em um mundo sem policia. Nas primeiras horas, não haveria muita diferença. As pessoas, aos poucos, iriam procurar a certeza de que realmente não mais existia a polícia. Os ricos demonstrariam um pouco de preocupação, ainda sem querer acreditar.

Uma semana sem polícia. Nesta primeira semana, a maioria das pessoas daria início a pequenas transgressões. Os sinais de trânsito não mais seriam respeitados. Os mais afoitos começam a entrar em lojas, restaurantes e supermercados, e de lá sairiam sem pagar. Não agiriam como ladrões, nervosos e correndo. Agiriam com calma e cinismo.

Um mês sem polícia. A Justiça faria uma reunião de emergência. O ponto principal a se discutir seria como viabilizar as decisões dos juízes, sejam prisões, reintegração de posse, ou qualquer cumprimento obrigatório de uma ordem judicial. Não chegaria a nenhuma conclusão, pelo simples fato de que não há mais a polícia para fazer cumprir a lei. Surge um mercado negro efervescente de venda de armas. Todos querem ter uma.



Seis meses sem polícia. Os homicídios multiplicam-se por dez. Os corpos permanecem nas ruas. Não há mais os bombeiros e nem peritos, e nem policiais para investigar. Almas ainda caridosas recolhem os corpos. Os políticos, antes detentores de um imenso poder, são caçados como galinhas gordas, e executados friamente. Alguns oferecem seus bens em troca da vida. Os presídios foram abertos, já que não mais existem guardas, e uma imensa horda de criminosos passa a vagar pelas ruas. As agências bancárias não mais funcionam, face ao grande número de roubos.


Um ano sem polícia. A cidade se torna um caos. Grupos armados passam a dominar ruas e bairros. O dinheiro deixa de circular pela inexistência dos bancos. Os ricos constroem apressadamente bunkers. Não há para onde fugir, pois em todo o mundo não há mais polícia.


Dois anos sem polícia. O comércio como no passado não mais existe. Volta-se ao escambo. A regularidade é o roubo, a extorsão e o homicídio.

Dez anos sem a polícia. A sociedade encontra-se totalmente esfacelada. Todos os sistemas de produção foram dizimados. A população foi reduzida em mais de quarenta por cento, e continua diminuindo face a imensa matança. Mata-se por qualquer motivo, desde uma antiga desavença até mesmo porque não se gostou da forma como o outro nos olhou. Os grupos que se formam tornam-se mais poderosos pela força, expandem seus domínios, e passam a sequestrar e escravizar pessoas, principalmente mulheres. Os homens são obrigados a trabalhos forçados.


Vinte anos sem a polícia. Os limites geográficos antes conhecidos como cidades e bairros não mais existem. Foram reordenados pelos grupos que impuseram seus domínios, e receberam nova denominação. Água, comida e agasalho serão acessíveis apenas aos que possam conseguir pela violência. Os mais fracos mendigam. As mansões e os prédios de luxo foram tomados dos mais ricos. Bandos de vândalos e saqueadores perambulam pela noite, matando, roubando e destruindo.


O consumo de drogas é afinal totalmente liberado. A cultura e a produção literária deixaram de existir em dez anos no mundo sem polícia. Os mais novos não aprenderam nem a ler. Aliada aos homicídios generalizados, as doenças matam ainda mais. Não se produz nenhum tipo de remédio, exceto os caseiros. A sociedade como a conhecíamos, com uma policia tentando manter a lei e a ordem, acabou. Prevalece a barbárie, a lei do mais forte. A existência do homem aproxima-se do fim.

No túmulo, a cantora Rita Lee, que dezenas de anos antes chamou os policiais de cachorros e filhos de prostituta, chora ao saber da desgraça, e pede desculpas. Mas agora é tarde. No mundo sem polícia, a sociedade acabou.

Por: Aurílio Nascimento

Fonte: Extra

Bahia registra 56 homicídios após paralisação da PM

A SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia) confirmou mais dois homicídios ocorridos neste sábado em Salvador, elevando para 56 o número de mortes ocorridas desde o início da greve da Polícia Militar, na terça-feira.

O balanço da secretaria revela que 56 pessoas foram mortas das 21h de terça-feira (31), dia em que foi decretada a greve por parte dos policiais militares, até as 18h30 deste sábado. O dia que somou maior número de mortes foi nesta sexta-feira (3), com 31 registros. Outras 14 mortes foram registradas nesta quinta-feira (2).

Ministro quer debelar greve para servir de exemplo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, já estão à Bahia - chegaram na manhã deste sábado - e devem se reunir com o governador do Estado, Jaques Wagner, para acompanhar as operações das Forças Armadas.

Além dos 2.800 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, estão sendo enviados cerca de 450 policiais da Força Nacional de Segurança Publica, ligada ao Ministério da Justiça. A chegada dos militares e policiais tem como objetivo garantir segurança da população e coibir eventuais ações criminosas.

Negociações

Segundo o governador da Bahia, Jaques Wagner, os praças da Polícia Militar baiana já acumulam, em cinco anos de governo, perto de 60% de reajuste, o que representa um ganho real de cerca de 35%. "Neste ano, quando nem todos os governadores e nem o governo federal garantiram o reajuste linear igual ao da inflação do ano passado, nós já garantimos na Bahia um reajuste de 6,5%", disse ele em entrevista coletiva neste sábado.

O presidente da Aspra, Marco Prisco, que mobiliza o movimento, informa que não abre mão de dois itens da pauta de reivindicação: a anistia criminal dos policiais militares que participam da greve e o pagamento da GAP (Gratificação por Atividade de Polícia) 5.

Os demais pontos, como o pagamento da GAP 4 e a regulamentação de remuneração fruto de auxílio-acidente, além de periculosidade, insalubridade, criações do código de ética e do plano de cargos e salários, segundo ele, devem ser ser negociados por uma comissão de diálogo permanente com o governo.

Grevistas

Ainda na sexta-feira a sede da Aspra foi fechada por ordem judicial. A entidade representa os policiais filiados que aderiram à greve da corporação na Bahia.

O oficial de Justiça não encontrou resistência, porque o local estava vazio. A Aspra situada na Rua da Forca, bairro da Piedade, em Salvador. A determinação judicial foi autorizada pela juíza Janete Fadul de Oliveira, após pedido feito pelo Ministério Público, e impede a realização de assembleias e reuniões no local.

Fonte: dgabc

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Insatisfeitas, associações de PMs da Bahia encerram negociações com o Governo

Representantes deixam mesa de negociação depois que Governador anunciou que não negocia enquanto houver paralisação.

  Depois de uma demorada reunião na tarde deste sábado (04), as cinco associações que negociavam com o Governo do Estado resolveram encerrar as conversas. Segundo o Presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia, Edmilson Tavares, com o anúncio por parte do Governador Jaques Wagner de não negociar com os policiais enquanto houver paralisação, as associações resolveram suspender o diálogo.

"Infelizmente estamos nos retirando da mesa de negociações, pois não representamos os policiais que estão parados", disse Tavares. "Hoje deveríamos convocar uma assembléia, mas com o decreto impetrado pela presidente Dilma Rousseff estamos proibidos de realizar assembleias. Agora os policiais militares que vão decidir o que vão fazer, mas não vamos aderir à greve", afirmou Tavares.

As cinco associações que estavam negociando com o Governo do Estado eram a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia – Força Invicta, a Associação dos Praças da Polícia Militar da Bahia – APPM, a Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar da Bahia – ABSSO de Salvador, Itaberaba e Ilhéus, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar da Bahia de Itaberaba e Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia - ASPOJER. 

Luciano Matos
redacao@portalibahia.com.br

Greve de PMs na Bahia é destaque na imprensa internacional

A paralisação da PMs foi destaque nos sites dos principais jornais da Espanha. O El Mundo deu destaque à violência no estado. Já o El País informou que o fato acontece às vésperas do carnaval de Salvador e em um ano de eleições municipais.

Ambos destacaram os 17 homicídios registrados na madrugada em Salvador e Região Metropolitana. Além disso, noticiaram o reforço do policiamento com os homens do Exército e da Força Nacional, além da possibilidade do transporte coletivo suspender as atividades, o que não ocorreu em Salvador.


Greve de PMs baianos pode virar movimento nacional

A greve de parte dos policiais militares baianos, iniciada na quarta-feira, 1º, poderá desencadear um movimento nacional.

Segundo o secretário da Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares Estaduais (Anaspra), Roberto Caetano, que visitou os PMs baianos amotinados na Assembleia Legislativa, há uma possibilidade de a polícia militar do Rio de Janeiro aderir ao movimento.

Informação foi confirmada pelo coronel Almir Rosa, comandante do policiamento militar do Rio de Janeiro. Segundo ele, haverá, na próxima sexta-feira, 9, uma reunião na Cinelândia do Rio de Janeiro, para discutir se haverá greve no estado. Se acatado, o movimento no Rio começa no dia 10 de fevereiro.

O motivo da mobilização é a busca de melhorias de condições de trabalho da categoria.

Caso o comando da PM carioca decida entrar em greve, haverá a solicitação do apoio das polícias militares de outros estados brasileiros.

Nesta sexta, 3, mulheres de policiais cariocas se reuniram no Largo do Machado e seguiram em caminhada para o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, onde fizeram um panelaço.
Reajuste - Em uma tentativa de conter a ameaça de greve, o governador do Rio, Sérgio Cabral, enviou uma mensagem na abertura dos trabalho na Assembleia Legislativa do Estado, alterando as regras dos reajustes previstos para a categoria.

Policiais já estão 100% paralisados na Bahia

A adesão ao movimento é de 100% do efetivo em 32 dos 417 municípios baianos, incluindo algumas das principais cidades do Estado, a exemplo Ilhéus, Itabuna, Jequié, Vitória da Conquista e Senhor do Bonfim. Entre a 0h de ontem e as 14h30 de hoje, 30 pessoas já morreram no Estado, segundo dados da Secretaria de Segurança da Bahia.

Policiais Integrantes do 20º Batalhão da Polícia Militar, do município de Paulo Afonso (a 484 km de Salvador), decidiram cruzar os braços sob a alegação de que o governo não vem cumprindo com algumas pendências. Na noite da sexta-feira (3), policiais da cidade de Barreiras (a 848 km da capital baiana) também aderiram ao movimento.

A informação é rebatida pela PM. Segundo o capitão Marcelo Pita, em nenhuma localidade existe adesão total à greve. “Nós temos efetivos trabalhando em todas as localidades, sem saber dimensionar o número de policiais paralisados. A Aspra diz que 22 mil, dos 31 mil que integram a corporação na Bahia estão com os braços cruzados.

Carros devolvidos
Nesta tarde, as 14 viaturas policiais que estavam em poder do grupo de PMs amotinados no prédio da Assembléia Legislativa do Estado foram entregues mediante mandado de reintegração de posse emitido pela Justiça. A liberação dos veículos foi pacífica. Ontem, a sede da Aspra foi lacrada também por determinação judicial.

Conforme o capitão Pita, a expectativa é de que as negociações do governo com as outras quatro entidades da categoria cheguem a um denominador comum, o que pode determinar o fim da paralisação.

“Embora o governo não esteja negociando com os grevistas, a pauta de todas as entidades é comum. Se houver acordo com as demais não tem porque esse seguimento permaneça em greve”, disse.

Familiares dos policiais, como mães, mulheres, inclusive grávidas e crianças, se juntaram aos grevistas na sede da AL, desde a noite da quarta-feira, 31. No final da manhã, ao desembarcar em Salvador, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo anunciou que os policiais que tiverem envolvimento com as ações criminosas na Bahia, serão mandados para presídios de segurança máxima.

Ministro quer fazer da Bahia exemplo para os demais Estados

O ministro, que chegou ao Estado acompanhado pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e pela secretária Nacional da Segurança Pública (Senasp), Regina Miki, avisou que já mandou reservar vagas. “O estado de direito não permite o abuso do próprio direito. Da forma como isso está sendo tratado, é inaceitável”, afirmou.

Segundo Cardozo, a presidente da República decretou uma Operação de Lei e Ordem, que permite levar para a Bahia o maior contingente operacional que já foi feito situações similares

Cardozo informou também que a Polícia Federal já está orientada para que transgressões à lei sejam apuradas e punidas com o máximo rigor. Ele ressaltou que depredações e ataques a equipamentos que estão submetidos à Operação de Lei e Ordem configuram crime federal, e passam para a alçada da Polícia Federal.

“Nós estamos dando ao governo baiano apoio incondicional para que seja possível cumprir a missão na defesa da ordem e do estado de direito", disse. Ele acrescentou que este tipo de ação criminosa, que se verificam nas ruas, tem ocorrido em outros estados brasileiros. “Isso faz parte de uma guerra psicológica, uma estratégia dos movimentos. As providências estão sendo tomadas, a lei e a ordem serão cumpridas.” Fonte: UOL (Heliana Frazão)

Obs.: Coronel Pansini (CBMES) e Soldado Roberto Caetano estão acompanhando o movimento da Bahia, este último, representando a Anaspra, seção ES.
 
Capitão Assunção.